Empédocles, meu querido pré-socratico com sua visão aonde duas forças fundamentais responsáveis pela manutenção do universo são o amor, que une os elementos e o ódio que os separa. Para este filosofo da natureza, a morte para é simplesmente a desagregação dos elementos. Segundo ele, todos nós somos parte do todo que se renovava em ciclos; reunindo-se e separando-se, com o nascimento e a morte. E de certa forma concordo com ele. Apesar de que ele já tem um certo pensamento em opostos. O viver e o morrer, o ódio e o amor... O que me lembra de Anaximandro de Mileto, que possuía sua brilhosa filosofia do principio do mundo a partir do a-peiron que é algo infinito, tanto em seu sentido externo e interno ou qualitativo e quantitativo. O a-peiron é algo e imortal. Ele diz que o mundo é constituído de contrários, que se auto-excluem o tempo todo. O tempo é o "juiz" que permite que ora exista um, ora outro. Tudo o que nasce um dia vai morrer. Tudo o que é quente, um dia vai esfriar. Tudo o que é grande, pode ser quebrado em pedaços menores. Fogo pode ser combatido com água, e como resultado, fogo e água deixam de existir. Assim, Anaximandro conclui que a essência de todas as coisas não pode possuir essas propriedades determinadas que sucumbem ao longo do Tempo. Daí, seu conceito de a-peiron, ser algo ilimitado, infinito, indefinido e eterno...
Bom eu concordo com ele. Mas, Anaximandro, nem sempre está certo, para ele as coisas sempre deixam de existir alguma hora, ou, o oposto sempre anula as forças... o que geralmente está certo, pelo menos, na maioria das vezes, como os vetores por exemplo... se estão na mesma direção se somam, se unem, e depois com o mesmo tamanho e intensidade tomam sentidos diferentes e se anulam. Como nossa força Normal e nossa força Peso...
Porém eu tenho minhas teses... Nem sempre esta teoria funciona, vejamos... se o amor é eterno, ele não pode deixar de existir algum momento. E se o amor se transformar em ódio algum dia, ele nunca foi amor de verdade. Maaas.. Logo, se duas pessoas se amam, e uma passa a odiar e a oura continua amando, esses vetores não seriam nulos e ao contrario do que ele diz, as duas forças não deixariam de existir. Talvez na verdade entrassem em grande conflito. E não deixariam de existir, o amor permaneceria intacto, pois o verdadeiro amor pode enfrentar tudo e continua com a mesma intensidade, o ódio... Bem o ódio poderia sofrer varias mudanças... Ou não, mas, as duas forças continuariam ali. Fazendo ambos os lados sofrerem. Talvez uma forma de anular esse tipo de força seria com a morte, e em tese, a teoria dele continuaria funcionando, se quem morresse fosse o amor. O ódio continuaria vivendo normalmente... Mas e se o ódio morresse? O amor não conseguiria viver, seria uma dor enorme de certa forma, mesmo com sentimentos ruins sobre ele tentando até mesmo sucumbi-lo, ele continuaria amando, pois é esta a função dele e amar incondicionalmente e irrevogavelmente também fazia parte desta força. E se julgarmos por esse ângulo, o amor se mataria, pois mesmo assim, não poderia viver sem seu amado, mesmo que ele o odiasse. Logo a teoria dele também se confirmaria... Assim talvez as forças deixassem de existir, mas e se houver algo além daqui? E se com a morte o ódio se transformassem em amor de novo? Dizem que é com a perda que aprendemos a dar valor... Então a força voltaria novamente... logo sua teoria seria nula? Confirmar várias teorias de diversos filósofos realmente seria muito difícil... á muita coisa se pensar sobre cada mínimo detalhe, porém a teoria de Anaximandro é a que mais me agrada, até porque... Os opostos se atraem e eu ainda acredito que todas as forças continuam existindo e, se renovam também. Logo elas poderiam se anular, mas nunca deixariam de existir de fato. Para mim ainda tem mais... Os opostos também se completam e precisam existir para que aja equilíbrio no mundo, pois precisamos de fato sentir o frio, para saber o que é o calor, precisamos amar, para saber o que é o ódio. Precisamos de momentos bons para destingi-los dos momentos ruins, precisamos ficar tristes para saber o que é felicidade.
Tudo isso é sempre muito confuso, mas vai ver Anaximandro sabia que para toda teoria há uma exceção, vai ver ele sabia que sua exceção era o amor... Mas pode ser também que ele nunca tenha sentido essa força, essa força tão grande e poderosa que quando sentida é difícil de pará-la, por isso não pensou nela. Ou vai ver que ele sentiu, mas deve ter sido confuso e nem ele mesmo deve ter entendido esta força, vai ver... Foi por isso que ele não mencionou,é uma força grande de mais, complicada de mais para se entender, nem os grandes filósofos podem compreender este grande sentimento. Deve ser por isso também que são poucos filósofos que usam este elemento em suas teorias.